Portista

Desde pequeno que sou do Porto e muito levei na cabeça por sê-lo.
Ser do Porto na margem sul era quase uma novidade há 25-30 anos. Numa casa com um portista, um sportinguista e um benfiquista era motivo para algumas brincadeiras, ainda que o irmão, benfiquista, sempre tenha sido mais gozão do que eu ou o meu pai. Lembro-me de o meu pai o mandar para a cama, no célebre 6-3 do Benfica ao Sporting, porque não se calava, picava, gozava e foi, mas vinha à sala sempre que o Benfica aumentava a vantagem.
Admirei, como admiro, alguns jogadores do Porto. Jorge Costa, Madger, Baía, Aloísio, Rui Filipe, Kostadinov, outros…
Uma das maiores mágoas, enquanto adepto, foi a destruição, por parte de alguns treinadores, em conivência com a direcção, daquela dupla mortífera, Domingos e Kostadinov. Nunca percebi, continuo sem perceber. Sempre vi Domingos como um símbolo do Porto, mas os “empurranços” para Espanha, a forma como o aceitaram de volta, como nunca voltou a ter um papel preponderante na equipa, a forma como acabou a carreira. Não gostei. Sempre simpatizei com Domingos, continuo a simpatizar, já percebi que continua a ser persona non grata para Pinto da Costa, que nunca o elogiou como treinador como elogiou, por exemplo, Jorge Costa.
Sou do Porto, mas não me esqueço e há uma parte de mim que gostava de o ver ganhar a Liga Europa, mesmo!
Mas só daqui a uma semana se verá quem sairá vencedor.

Um pensamento sobre “Portista

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